texto por Lívia Neves
fotos e vídeo por Luiz Bernardo Barreto
Pernambuco sediou durante os dias 16, 17 e 18 o Congresso Nacional de Fisioterapia Aquática - CONAFA, no Hotel Armação, em Porto de Galinhas.
O CONAFA, reuniu cerca de 25 palestrantes nacionais em sua programação, assim como apresentação de trabalhos científicos, fóruns de debate e mini-cursos.
O objetivo principal do Congresso foi dissertado na abertura pela presidente do CREFITO 1, a Dra. Luziana Maranhão, a cerca da criação da Associação Nacional de Fisioterapia Aquática – ASSONAFA, que visa implementar a Fisioterapia Aquática como especialidade médica, assim como estipular nomeclaturas científicas para cada exercício prescrito.
As palestras abordaram de forma objetiva patologias atuais e seus métodos de tratamento e prevenção, assim como estudos científicos em torno da especialidade.
Temas como a situação atual da fisioterapia aquática no mercado de trabalho e proposta de qualificação dos diversos tipos de exercícios aquáticos, estiveram presentes em fóruns de debates.
Cerca de 400 estudantes e profissionais estiveram presentes em Porto de Galinha; o clima de praia não desviou a atenção das palestras, que abordaram e chamaram atenção para diversos problemas, que circundam a Fisioterapia, como é o caso da Mestre Tatiana Mesquita de São Paulo, que dissertou com clareza sobre a preocupante ausência de tratamento no estado de Pernambuco, para os pacientes com Síndrome de Pós-Poliomielite, havendo uma grande migração desses para a região Sudeste.
O presidente do Congresso, o especialista Rogério Antunes, fala que “o mercado de trabalho poderia estar muito mais amplo se pudéssemos ter uma maior qualidade nesse trabalho”, frisando a presença de apenas um hospital público com piscina adaptada para o tratamento através da fisioterapia aquática. Havendo a necessidade de adaptação de uma rede maior de hospitais públicos, gerando assim novas oportunidades para profissionais da área.
No primeiro dia de palestras a Especialista Elza Santana dissertou sobre a fisioterapia aquática em pacientes com hérnia discal, patologia causadora de maior incidência nas aposentadorias.
A mesma deixou claro que nesses casos o trabalho em equipe é fundamental para a reabilitação do paciente, juntamente com outras especialidades, como o terapeuta, nutricionista, ortopedista, neurologista, cada qual com seus objetivos, aliados uns aos outro.
O estresse diário foi tema da palestra da Mestra Larissa Bastos, do qual enaltece o método Watsu como remediador dos principais sintomas, do que hoje já está sendo considerado uma patologia.
Seus sintomas refletem diretamente no convívio social e familiar de cada um, onde o maior índice é comprovado no gênero feminino. O método vem com base nas técnicas do zen shiatsu, aplicadas em piscinas térmicas, com o objetivo maior de retardar e prevenir o estresse e seus sintomas. Movimentos respiratórios, massagens e pressão em acupontos são efetivadas nas sessões.
A Dra. Cristina Germano, relatou casos positivos no tratamento denrto d’água em pacientes infantis com distúrbios neurológicos, e deixa claro que esse trabalho surgiu da cinesioterapia juntamente com a fisioterapia, recursos importantes que passaram a atuar num contexto específico e dirigido, enfatizando equilíbrio, controle pélvico e de reações posturais.
O desenvolvimento infantil não pode ser caracterizado como regra, pois os resultados são únicos e individuais.
Cristina Germano ainda diz aos estudantes presentes que trabalhar na água é uma arte, pois quando há envolvimento entre paciente e fisioterapeuta, a percepção de evolução e satisfação dos pacientes infantis é um alivio e alegria imediata.
No segundo dia de palestras, um dos temas abordados pelo Dr. Jefferson Cardoso levanta a seguinte questão, e diz “mais do que saber o nome do exercício, é saber o porquê de aplicá-lo nos pacientes” e põe em debate que o profissional de fisioterapia aquática tem que se condicionar a pensar primeiro no porquê de levar um paciente à água, pois é necessário estipular variáveis e medir suas conseqüências antes e depois do tratamento.
Estiveram presentes no Congresso Nacional de Fisioterapia Aquática grandes nomes como o paulista Dr. Maurício Kopowski, Ms. Rodrigo Carvalho, Dra. Cristina Germano, Ms. Welligton Oliveira, os Esps. William Brito, Kátia Coeli, Luciano Rego, a Dra. Flávia Martinez, Ms. Tatiana Mesquita, Esp. Heleno Moraes, Dra. Valéria Passos, e tantos outros que fizeram do CONAFA um evento de responsabilidade e conhecimento científico.
Durante todo o Congresso pudemos aprender que Fisioterapia Aquática consiste na prática de exercícios terapêuticos, em vezes em piscinas aquecidas, associados ou não a manuseios, manipulações, hidromassagem e massoterapia; configurada em programas de tratamento específicos para cada paciente, além da aplicação de métodos especiais como: Watsu, Bad Ragaz e Halliwick.
Foi com grande participação que o CONAFA finalizou com êxito seus objetivos, alcançando e motivando seus futuros profissionais, para que façam da fisioterapia aquática uma especialidade médica reconhecida mundialmente.
mini-curso de Bad Ragaz e Watsu
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